BECO DO VIGÁRIO
por Broto Verbo
Jaz um corpo inerte no Beco do Vigário.
A força bruta que o tombou esgueirou-se na sombra das suas vielas...
O corpo veio a si, longos instantes depois, mas veio.
A força bruta, não.
Esfumou-se entre os fantasmas dos defuntos fadistas,
delinquentes artistas, que numa interminável trama
ainda povoam esta Alfama...
Poema inspirado numa cena real de pancadaria, protagonizada por dois ébrios marialvas vagabundos, e presenciada in loco, de forma inesperada
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