BANQUETE

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por Broto Verbo

O ornamento de morte que algozes trouxeram,
enfeita a noite de chaga aberta.
O homem grita numa voz muda,
que se faz sentir entre gestos de agonia…
Lamentos sussurrados entre corujas e cotovias.
Lânguido ímpeto das vontades que ainda imperam.
Golpe irreversível…
Prémio de consolação de quem iguais destinos perpetrou.
Já não há reflexos, tão pouco há noções.
Inércia dos nervos…
A morte…

Depois…
Depois o sol brilha,
queimando lentamente o corpo prostrado nas areias…
Atentos, os abutres rejubilam com o espectro de banquete.
Mal sabem o veneno que os espera…

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